sábado, 7 de abril de 2012

Ups, eles f'zérem-no ótra vez

Por muito ficcional que seja a história da curta ou longa metragem em exibição, existe sempre algo nela que remete para o campo do verídico. No "Gladiador", por exemplo, Maximus é um personagem fictício, mas o Imperador Commodus existiu e era mesmo aquela relíquia que se vê no filme. Noutro caso, "O resgate do Soldado Ryan", o bom rebelde nunca existiu, mas a história é baseada no caso dos filhos de Agnes Allison durante a Guerra Civil Americana. Atravessando o Atlântico, por cá também há exemplos disso... na curta metragem pornográfica "Apito Dourado" por muito que no final do enredo fiquem todos inocentes, de facto houve muito juiz de campo às cambalhotas em cama alheia e o oliveirinha estava mesmo de roupão.

Ora, este paradoxo da "ficção verídica" também aparece bem latente, na longa e secante metragem do "Somos o clube dos Diferentes". encenado por meia dúzia de acólitos lagartos. Se dúvidas houvessem da "diferença" deles, esta ficou altamente patente nos ataques às Casas do Benfica Algarvias há duas noites atrás. Quer dizer, na realidade, estes actos apenas demonstram que eles são, não só diferentes, como também "especiais", aquele tipo de especial que frequenta aulas de ensino homónimo. Digo que são diferentes e especiais pela interpretação que fizeram do mote que foi dado entre as hostes Benfiquistas para "pintarmos a casa lagarta de vermelho na segunda feira", que levou à resposta "vandalistica" que deram. 

Bem vistas as coisas, esta resposta era a única que eles poderiam dar com sucesso, dada a impossibilidade de alguma vez poderem responder à letra e pintar mesmo a Catedral de verde... já que mais não seja porque no final das contas há sempre, pelo menos, 40 cadeiras vazias no sector a eles reservado. No meio de tanta imbecilidade dos diferentes, apenas tenho a agradecer o facto dos gostos cromáticos deles não acompanharem as suas origens, pois não ia achar piada nenhuma a uma Casa do Benfica pintada com o azul e branco da realeza ou com um rosa fúschia da alta sociedade.

Após esta exibição de "diferencismo lagartó-imbecil", devem decorrer neste momento diligências para encontrar os sacripantas que cometeram tão eslavaçado disparate. Tenho por norma acreditar nas capacidades da nossa Judiciária, mas levando em contas as últimas demonstrações de trogloditismo de um inspector judiciário com ligação a uma agremiação lisboeta, sinto-me na obrigação de prestar aqui uma ajuda à investigação: experimentem descobrir quem é que foi o individuo/associação-desportiva-desportiva-arisca-a-títulos-e-conquistas-a-ponto-de-ser-das-poucas-a-perder-a-final-de-uma-comeptição-europeia-disputada-no-seu-próprio-estádio que assinou uma guia de entrega de litradas valentes de tinta verde supostamente destinadas a tingir o solo de um minifúndio agrícola situado no coração da capital do império português... talvez aí esteja, não só o mandante, como também o fornecedor de matéria prima... e por matéria-prima não se entenda o líquido colorido, mas a ideologia diferenciada e especial...

2 comentários:

Vladimir Kaspov disse...

Claramente foi tinta que sobrou da pintura da relva e areia.

Constantino disse...

Vlad,

Claramente ainda têm mais tinta em stock porque durante o fim de semana entreteram-se a eslavaçar mais casas rivais na zona de Coimbra... curiosamente é exactamente o mesmo tom de verde utilizado no algarve...

Abraço.