Tenho especial afeição por um bom golo de cabeça. Não daqueles encostos na linha de golo, na maior parte das vezes a roubar o golo a um colega de equipa. Golo de cabeça tem que ser uma daquelas marteladas à sapateiro, de gajos cabeçudos que quase se confundem com o Gungunhana, a dizer que "sim a mini é com um pires de caracóis" ao incauto guarda redes adversário "e no regresso, traga-me dois guardanapos que já sujei a camisa com ketchup". Ninguém consegue ficar sentado com uma cabeçadorra destas, que leva um gajo a pensar "fodasse, para mandar uma cabeçada daquelas, de certeza que a mulher anda a varrer a soldadesca toda de Sta. Margarida".
Gente existe a quem os olhos brilham a observar in-loco o cabeceamento de um quase anão beijar as redes. Dizem que é a magia do contra natural de ver um pequeno David bater nas alturas um grande Golias. Neste campo lembro sempre o golo daquele que terá sido o avançado mais pequeno dos últimos 30 anos do SLB, Edilson (Chalana tinha bigode, por isso parecia maior), num jogo contra o boavista na Luz, no qual o pequeno dentudo cabeceou mais alto que o esguio Nogueira. Páginas se encheram com a malvadez do pequeno Edilson ao gigante Nogueira... Sou contra, parece-me condescendência a mais, só falta irem apertar a bochecha do rapaz, qual tia afastada a atazanar o juízo aos músculos faciais de um sobrinho de 53 anos, que havia visto pela última vez ao colo da mãe "ah tão crescido que ele está... e eu que sempre disse que ele não ia passar dos 3 anos e agora até golos de cabeça faz, o raisparta do gaiato".
Para mim, golo de cabeça tem que ser marcado por uma trave desengonçada. Os pequenos já têm a técnica, não precisam de saber usar a cabeça também. Se é para sermos condescendentes que seja a admirar um golo de cabeça do Fernando Aguiar "olha, sim senhores, com uns sapatões daqueles agarrados aos tornozelos, ao menos que Deus lhe tenha dado uma abóbora maior que a dos outros para meter em cima do pescoço". Porque a verdadeira magia de ver um golo saído das alturas, não vem tanto da luta de tribos de pigmeus contra a família do Manute Bol. O grande sal do golo cabeceado é ver uma partida de futebol ser decidida por um membro do corpo humano que a sociedade herege diz não ser utilizado pelos praticantes da modalidade, por falta de conteúdo no seu interior. Aos gritos de "os jogadores da bola são todos burros e não têm nada na cabeça", um Mozer correspondia com uma entrada ao primeiro poste a furar as redes com o meio da testa... e se a cabeça fosse oca, concerteza a bola não atingiria tamanha velocidade.
É por ser da opinião de que no meio futebolístico há muita cabeça bem pensante, que não entendo a maralhada que se vai passando ultimamente na blogosfera benfiquista. Ter-se-ão os adeptos do clube mais democrático do Mundo (um abraço sincero também para os Corinthianos) tornado num bando de intolerantes? Estaremos a dar créditos a todos os que defendem que "opiniões não se discutem... porque a minha é que é a correcta"? Ou somos todos apenas Benfiquistas de sangue na guelra de visão toldada pela paixão? Se assim for, por mim tudo bem, matem-se, esfolem-se, mas não se aleijem... e o primeiro a defender o Vieira é um tótó alagartado com sonhos molhados em tons de azul.
PS - fora do contexto eleitoral, um cumprimento de saudade para o treinador Fernando Cabrita que em 88/89 juntou em Viseu os dois laterais esquerdos mais estranhos que já vestiram a camisola das quinas: Leal e Nogueira.
Para mim, golo de cabeça tem que ser marcado por uma trave desengonçada. Os pequenos já têm a técnica, não precisam de saber usar a cabeça também. Se é para sermos condescendentes que seja a admirar um golo de cabeça do Fernando Aguiar "olha, sim senhores, com uns sapatões daqueles agarrados aos tornozelos, ao menos que Deus lhe tenha dado uma abóbora maior que a dos outros para meter em cima do pescoço". Porque a verdadeira magia de ver um golo saído das alturas, não vem tanto da luta de tribos de pigmeus contra a família do Manute Bol. O grande sal do golo cabeceado é ver uma partida de futebol ser decidida por um membro do corpo humano que a sociedade herege diz não ser utilizado pelos praticantes da modalidade, por falta de conteúdo no seu interior. Aos gritos de "os jogadores da bola são todos burros e não têm nada na cabeça", um Mozer correspondia com uma entrada ao primeiro poste a furar as redes com o meio da testa... e se a cabeça fosse oca, concerteza a bola não atingiria tamanha velocidade.
É por ser da opinião de que no meio futebolístico há muita cabeça bem pensante, que não entendo a maralhada que se vai passando ultimamente na blogosfera benfiquista. Ter-se-ão os adeptos do clube mais democrático do Mundo (um abraço sincero também para os Corinthianos) tornado num bando de intolerantes? Estaremos a dar créditos a todos os que defendem que "opiniões não se discutem... porque a minha é que é a correcta"? Ou somos todos apenas Benfiquistas de sangue na guelra de visão toldada pela paixão? Se assim for, por mim tudo bem, matem-se, esfolem-se, mas não se aleijem... e o primeiro a defender o Vieira é um tótó alagartado com sonhos molhados em tons de azul.
PS - fora do contexto eleitoral, um cumprimento de saudade para o treinador Fernando Cabrita que em 88/89 juntou em Viseu os dois laterais esquerdos mais estranhos que já vestiram a camisola das quinas: Leal e Nogueira.
4 comentários:
O Leal no Ac.Viseu jogava a central, só na lagartada é que passou para lateral.
Abç
Bem, Constantino.
Que se acabem as quezílias.
Yartey: Uma pérola desaproveitada.
http://youtu.be/cBi7zwXFLQw
Forte, rápido, tecnicista e goleador. Não é inferior ao Ola John (um excelente reforço, refira-se).
Viste o Yartey meu? Aquela alegria a falta de medo de partir para cima do adversário? E não digas que a Suiça e tal... porque aquilo que o tipo tem... é arte nos pés... mas posso estar errado... aceito!
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