5. AC Milan - Quartos Final 94/95 - uma eliminatória toda ela de bradar aos céus, ou não tivesse a mesma decorrido sob o reinado de artur jorge. O medonho espectáculo teve inicio em San Siro onde em 90 minutos fizemos um remate... que acabou anulado, o que pecou por escasso e aqui não me refiro ao número de remates, mas aos momentos anulados pelo árbitro. Toda a hora e meia de jogo deveria ter sido anulada logo aos 30 segundos. A fortíssima trupe de atletas dirigidos pelo lobotomizado revelou neste jogo que tinha mais mijo na bexiga do que sangue na guelra e o tavares passou o jogo todo com as coxas apertadas para não urinar em solo tão sagrado para os adeptos da modalidade do pontapé no esférico. Se bem me recordo (e recordo até bastante bem) este foi um dos únicos jogos em que o tavares não levou cuecas consecutivas dos adversários, apenas e só porque não havia espaço para passar o esférico entre as "gambas" do rapaz. Já vejo bola há muito tempo e sei que nunca vi jogador em campo a desejar tanto uma chuvada tropical repentina como o ex. boavisteiro. Para piorar (porque naquele tempo havia sempre espaço para piorar) sofremos dois golos de um gajo com nome de cantora de Eurovisão, a Simone. Recordo inclusive que no primeiro, feito á boca da baliza nas costas do William, após o esférico ter entrado o nosso central brasileiro ter levantado os braços com tal vontade que houve no estádio quem pensasse que ele estava a festejar a abertura do marcador. Passados 15 dias os italianos dirigiram-se à Catedral para se sujeitarem à vingança Encarnada, que não aconteceu porque na segunda parte o Profeta Isaias chuta aos dois postes num só remate que ironicamente ainda vai terminar na sua cabeça. Como resultado de ter sido o único jogador perto do golo nesta eliminatória (pelo menos em lances não anulados como o do Caniggia em Milão) no final da época tem o mesmo destino que o mijão... é dispensado porque era um velho de 31 anos e era preciso abrir espaço para o jovem Hassan que tinha sido o melhor marcador do campeonato com 30 anos... nesta altura do campeonato, não sei se vocês estão a topar alguma similitude com acontecimentos recentes...
4. Dynamo Kyiv - Fase Grupos 91/92 - ponto prévio: estava um briol desmarcadissimo, mais frio até do que dentro das arcas frigoríficos do reinaldo teles, talvez porque a URSS se tinha destrambelhado toda da vida há tão pouco tempo, que não havia ninguém responsável por orientar devidamente a meteorologia ou talvez porque simplesmente o Ieltsin desejava ardentemente que o frio fosse eterno e a vodka sempre fresca. Até hoje não se sabe se foi a sibérica temperatura ambiente ou se foi o facto de ainda ter incrustado no cerebelo o chip corrupto, mas na Ucrânia o filho do Grande Capitão fez tudo o que lhe era humanamente possível fazer para o SLB levar no pacote. Não lhe bastou ter desmarcado Oleg Salenko, o ponta de lança adversário, no lance do golo, com um passe à Valdo do meio campo a rasgar a nossa zona central defensiva como um urso agarrado a uma embalagem de chocolates, como ainda teve que simular uma lesão para sair antes do forcing final. Foi preciso muita lata... vá e coragem também, que aquele pé virado para as 06h00 foi coisa para impressionar até o "Chefe do Departamento de Cospe a Informação Toda Cá Para Fora ou Ficas Com o Intestino Grosso Mais Fino que o Delgado" do KGB (ehr... sim, estou-me a referir à discoteca). Estranhamente Oleg Salenko mostrou que, sim a assistência do Rui Água tinha sido bestial, mas podia muito bem viver sem ele, tendo inclusive sido melhor marcador do Mundial 94, onde o português nem esteve... ele há coisas estranhas. Recordo que na altura uns amigos do meu pai queriam ir à capital ucraniana ver o jogo mas foram "vivamente desaconselhados" por causa dos vistos. Infelizmente para nós, não houve problema nenhum com o visto do Rui Águas... Curiosamente esta visita à ex. URSS e ex. CEI deu-se na fase "russa" da história do SLB quando contávamos com yuran e kulkov e nos preparávamos para importar o Mostovoi. Foi portanto durante uma fase de enorme esplendor dos bares, discotecas e casas de alterne lisboetas.
3. FC Kobenhavn- Fase Grupos 06/07 - até ás 19h44 do dia 13/09/2006 eu odiava o mariquinhas pé de salsa Fernando Santos. Sonhava com o dia de Inverno em que se acabasse o gás enquanto ele tomava banho. A partir das 19h45 desse dia eu passei a carregar no bolso um boneco de vudu com cabelo branco, fralda cagada e agulhas espetadas nos olhos. Nunca na história do Máiór do Mundo se havia trocado tanto a bola entre os dois centrais como nesta noite, que foi a primeira noite dinamarquesa a marcar negativamente o SLB no séc XXI... a segunda envolveu uma nativa nórdica e o Zoro, mas não falemos agora disso. Estivemos 88 minutos a "especular com o jogo" (abraço LFL), com medo se sofrer golos de um ponta de lança canadiano ou de um tipo chamado Pimpong, findos os quais o Paulo Jorge atirou uma bola ao poste adversário que foi o suficiente para se reclamar vitória moral na peleja. Bem, valha a verdade que os receios pelo conterrâneo do Fernando Aguiar era fundados pois na época seguinte enfardamos um dele. No Parken de Copenhaga Fernando Santos mostrou uma ambição de tal forma desmedida que só fez 2 substituições, sendo que uma foi para tirar o Simão (deixando Paulo Jorge em campo) e colocar o Manú e a outra para tirar Nuno Gomes e colocar Kikin Fonseca aos 90 minutos, portanto para queimar tempo, não fosse o Alcides arrancar lá de trás que nem um louco maradoniano, fintar os dinamarqueses todos e dar a vitória ao Glórias... por acaso, não quero jurar, mas acho que o Alcides tentou mesmo fazer isso, mas perdeu a bola 2 metros após arrancar... sozinho... tropeçou nela... Este resultado e atitude funcionaram como prelúdio do resto da época, onde defendemos derrotas pela margem mínima em Paris e Barcelona... no fundo temos que dar razão ao medroso treinador, pois na única vez em que deu ordens para atacar que nem um tresloucado foi com o boavista na Luz e empatamos a zero contra um guarda redes com 93 anos. Pior só quando no ano seguinte o Bergessio falhou um penalty contra o guarda redes do Liechtenstein.
2. Hapoel Tel Aviv - Fase Grupos 10/11 - optando por uma dinâmica futebolística bastante americanizada, o SLB voltou a dar um presente aos israelitas, depois de Graeme Souness ter achado que "Beitar Jerusalém" era a equipa do Menino Jesus e como tal merecer receber prendas. Contudo, ao contrários dos 2-4 de 1998, estes 0-3 tiveram consequências mais graves para o SLB, e porque não dizê-lo, para os palestinianos uma vez que à sombra dos lançamentos de foguetes para festejar a vitória, também se procedeu ao lançamento de rockets em direcção à faixa de Gaza. Curiosamente nestas duas visitas a Israel, só tivemos o prazer de jogar contra um tipo com nome de pinga de alto teor inebriante (Gil Vermouth) no ano em que não levamos o treinador membro dos Alcoólicos Anónimos, ou como diz na gíria "o Escocês". Para o SLB este jogo significou a eliminação da Champions, para o Kardec significou a entrada nas tabelas estatísticas da mesma competição, no item "Mais Oportunidades Incrivelmente Desperdiçadas em 90 Minutos Devido a Graves Deficiências Motoras e Quem Sabe Mentais, Não Querendo Nós Estar Aqui a Lançar Boatos". Já foi há uns anos, mas sei que no final da época o líder da tabela continuava a ser o brasileiro e só desconheço é a razão porque ainda não foi a entrega do troféu... dão prioridade ao título de "Melhor Jogador" em relação a este e depois admiram-se do futebol estar como está... Como aconteceu em poucos jogos na história do SLB, este não terminou aos 90 minutos, mas teve sequela na jornada seguinte, quando os israelitas aproveitaram o embalo e começaram a enfardar espectacularmente no Lyon, deixando os Benfiquistas a rezar por um milagre do Israelita mais famoso da história. Felizmente para nós, o Jesus israelita teve o mesmo amor à pátria mãe que o Jesus português tem à pátria Benfiquista. Claro que quando toca a "Cúmulos da Ironia" o SLB aparece sempre destacadíssimo de camisola amarela no costado e fizemos questão de escavacar com esse apuramento para a Liga Europa de contornos miraculosamente Jesuítas, com uma arrepiante exibição na terra do "Bom Jesus".
1. Helsingin Jalkapalloklubi - Fase Grupos 98/99 - talvez o nome mais estranho a encavar o Glorioso Sport Lisboa e Benfica na principal competição europeia e talvez por isso o pessoal por cá só recorde esta nossa passagem pela Champions como "aquela vez em que uma equipa do Manduca nos desfez". Há coisa de uns meses houve outra equipa do Manduca a desfazer uns portugueses, mas estes eram muito mais sagorros e mancos, pois no HJK o brasileiro era suplente. Foram portanto estes finlandeses que o enorme Champagne Charlie, essa peça de museu que sentou as alcoólicas nalgas no mesmo sitio onde agora o artur jorge da amadora cola as pastilhas já mascadas, presenteou com 4 pontos e para que se tenha noção da valia dos rapazes, a estrela era um latagão ponta de lança chamado Mika Kottila (não precisam chorar se não souberem que é) que chegou a jogar em equipas secundarias da Noruega e Suécia sem qualquer tipo de sucesso. A coisa correu tão bem que dos 4 golos sofridos nos 2 jogos, metade foram marcados por jogadores nossos, ou pelo menos deviam ter sido. Na Luz Scott Minto enganou Sait Michel e em Helsínquia o primeiro golo nasce numa mão de um central nosso sem vivalma finlandesa num raio de 600 km. Na altura achei injusto os nórdicos não o terem deixado cobrar também a penalidade máxima, mas vendo em retrospectiva constato que no centro da nossa defesa estavam o paulo madeira e o ronaldo, pelo que entendo a opção dos da casa em chamarem a si a responsabilidade do momento, até porque haviam pessoas a passear fora do estádio e podiam não achar grande piada a serem atingidas por uma bola. É importante referir que o SLB foi eliminado nesta fase de grupos quando estava inserido num grupo totalmente patético, com uns finlandeses, o PSV e uma equipa alemã saída da 2Bundesliga há 2 anos e que contava com um naipe de jogadores a fazer psicoterapia para tentarem (sem sucesso) libertarem-se mentalmente dos anos 70... ah eram treinados pelo rehhagel e tinham uma porrada de egípcios.
2 comentários:
Hapoel.
Esse mítico jogo dos 423 cantos desperdiçados, só na 1ª parte.
So eu é que penso que o Ronaldo até era um bom central? Temos que ter consciência que ele fazia o trabalho que normalmente são dois que fazem e estar atento às paragens cerebrais do Paulo Madeira. Situação complicada.
Eu ainda faria referência ao jogo em Lyon de há dois anos que me fez estranhamente pensar ao de San Siro pela apatia completa dos jogadores.
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