A Revolução Bolchevique do proletariado das mãos sujas, calejadas e geladas das estepes siberianas varreu a Eurásia de tradições czaristas, de forma tão torpe e viril que deixou toda a sua população a reprimir ódios de tonalidades rubras, que apenas seriam libertados após a separação das Repúblicas Soviéticas, tendo como apoteose libertária o momento em que um ucraniano de mentalidade atrozmente barrosã, varreu o pó e meia dúzia de tendões ao perónio do Rui Águas, um tristemente famoso infiel representante do encarnado do povo. Enquanto na Praça Vermelha Boris Ieltsin brindava à nova Rússia com quatro barris da mais etílica vodka, na capital ucraniana o povo saia à rua comemorando a aparição da craniana marca de nascença de Gorbachev na canela de um luso cujo gosto de dress code revelava semelhanças cromáticas com o opressor comuna. Nada animava mais um eslavo do que o doce som de um membro inferior alheio a estilhaçar, qual pára brisas automobilístico em encontro imediato com o teclado bi-color de um piano paraquedista.
Volvidos 46 anos sobre os festejos alfacinhas pelo fim da II Guerra Mundial, a Gloriosa Bandeira da Águia Altaneira voltava a representar o estandarte vermelho da foice e do martelo em manifestações de cariz popular, novamente com a quota parte dos danos irreparáveis a ser assumida pelos da Luz. Volvido quase meio século, o "clube do povo" copiava a papel químico encarnado as dores martirizantes do estrato social que representava. Aqueles a quem um déspota havia retirado o epíteto de "vermelhos" e censurado o hino unificador original, exibiam agora aos sete ventos uma perna lacerada, símbolo de um povo eternamente dorido, tendo em pano de fundo uma banda sonora de cariz repetitivo "Esta merda dói, caralho!!!! Esta merda dói, caralho!!!! Esta merda dói, caralho!!!!". Como uma neblina matinal a partir do meio dia, também as dúvidas dos acólitos monarcó-burguesó-fascistas, adoradores de bichos de mitologias pagãs ou de pseudo-monarcas silvestres, quanto à veracidade dos apertados laços sentimentais entre o clube da, já de si bastante explícita Avenida "General Norton de Matos", e as ideologias republicanó-popularó-democráticas, se começaram a dissipar.
Volvidos 46 anos sobre os festejos alfacinhas pelo fim da II Guerra Mundial, a Gloriosa Bandeira da Águia Altaneira voltava a representar o estandarte vermelho da foice e do martelo em manifestações de cariz popular, novamente com a quota parte dos danos irreparáveis a ser assumida pelos da Luz. Volvido quase meio século, o "clube do povo" copiava a papel químico encarnado as dores martirizantes do estrato social que representava. Aqueles a quem um déspota havia retirado o epíteto de "vermelhos" e censurado o hino unificador original, exibiam agora aos sete ventos uma perna lacerada, símbolo de um povo eternamente dorido, tendo em pano de fundo uma banda sonora de cariz repetitivo "Esta merda dói, caralho!!!! Esta merda dói, caralho!!!! Esta merda dói, caralho!!!!". Como uma neblina matinal a partir do meio dia, também as dúvidas dos acólitos monarcó-burguesó-fascistas, adoradores de bichos de mitologias pagãs ou de pseudo-monarcas silvestres, quanto à veracidade dos apertados laços sentimentais entre o clube da, já de si bastante explícita Avenida "General Norton de Matos", e as ideologias republicanó-popularó-democráticas, se começaram a dissipar.
Não seria, de todo, necessário sacrificar uma tíbia para comprovar de uma vez por todas que o Benfica é efectivamente o Clube do Povo, por muito que se pretendesse castigar o o detentor do titulo de propriedade da canela retorcida, pela vil traição perpetrada contra a sua singularmente gloriosa história familiar. Atrás de si um rasto de 108 anos atestava a ligação "d'A" Instituição com a plebe. Quando o povo sucumbia às doenças, o SLB fundava-se numa farmácia. Quando o povo não tinha onde morar, o SLB corria a capital do Império em busca de um lar para se instalar. Quando o povo não tinha o que comer, o SLB deixava fugir metade do seu suplemento vitaminico goleador para o rival abastado. Quando o povo não podia votar, o SLB colocou democraticamente no seu trono um operário encadernador. Quando o povo sofre com cortes nos salários e nos subsídios, o SLB anuncia que tem que cortar nas despesas. Quando o povo é um bocadinho mais sovado pelo governo, o SLB tem um treinador a limpar 4 milhões por ano. Quando o pov... hey... esperem... mas... é... não há nada melhor, para destruir uma teoria de união popular com algum teor comunista ateu e laico do que um gajo com nome de líder religioso.
7 comentários:
vermelho...tudo vermelho? que horror..Vermelho nesse aspecto pode estar associado a tudo que eu nao gosto,tipo china,coreia do norte,russia...etc etc.O Benfica nao é vermelho, é vermelho e Branco.Precisamos de fazer regressar o Branco,para nos sentirmos no ceu porque se for so Vermelho " e preto" estamos é no inferno
Post desse teor feito de chavões, de frases feitas , de conteúdo histórico adulterado, pretendendo fazer uma imitação de humor, já que o humor é sempre inteligente e didático, conduz a comentários como o acima. Não se assuste Rui, o Benfica é VERMELHO, como o nosso coração, não oscila entre duas cores como as barracas de praia de outros clubes.
Caro rui,
Vamos entrar na teoria do "o meu coração só tem 1 cor, vermelho e branco?". Ou agora vamos ser nós a desprezarmos a palavra "vermelho" pelas associações politicas que ela possa ter? O "vermelho" na giria futebolistica é normalmente associado aos clubes de raizes populares e operárias (Benfica, Arsenal, Milan, Flamengo) sem que isso tenha qualquer dimensão politica. E não tenhas medo que em nenhum ponto deste texto se faz a apologia do comunismo. Se leres com atenção até se diz "o opressor comuna". Ler na diagonal é um erro do caralho.
Caro IGL,
Aceito sem tentar sequer defender-me as acusações de utilização de chavões, frases feitas e tentativa de imitação de humor. Nunca neguei que mais não consigo do que isso e não o digo de forma irónica. Apenas agradecia que me explicasse qual o conteudo histórico adulterado, esperando eu que não seja a exibição da perna lacerada por parte do SLB.
Abraço aos dois.
Não pretendendo o meu comentário ser um libelo , mas uma opinião alicerçada na reacção do Rui, penso ser gratuito conceder-me a graça de não se defender. As opiniões debatem-se conforme convicções e desse debate é suposto sairmos mais forte,renovados e, talvez, melhores.Falar em acusações, anular-se dizendo não consegue melhor e que não ironiza é, como sabe, uma falácia aka do espantalho.Os seus argumentos não constituem argumentos válidos mas apenas a expressão da sua convicção de que não vale a pena perder tempo.Fazer figura de ignorante apenas para marcar uma posição é uma boutade desnecessária. A sua pose condescendente é tão postiça como uma luta simulada de wrestling.
Quanto ao conteúdo histórico, lamento não lhe dar o peixe de bandeja, mas dou-lhe a(s) cana(s), já que não tenho a pretensão de o ensinar a pescar :
Ian Beckett
Richard Malone
Rex Wade
Roy Medved
No entanto, longe de mim convencer quem já está convencido.
Saudações benfiquistas
Caro IGL,
Julgas-me mal. Poderia sem dúvida ter dito que sou um génio do humor, que recuso chavões e frases feitas mas aí sim, estaria a ser falso contigo. Não pretendi ser condescendente, apenas admitir que a tua acusação andava perto da realidade. Tudo o que aqui escrevo é feito sem o mínimo de comprometimento nem com intuitos comerciais. O blog que comentas tem uma misera média de visitas diárias de 1500 pessoas (em dias bons). O post que comentaste tem apenas (à data) 319 visualizações. Poderia eu pensar ser um mago da escrita com números como estes? Eu próprio que sou ávido leitor de Woody Allen, RAP, Calvin & Hobbes, etc sei reconhecer o que tem qualidade e o que não tem. Levaste este blog bem mais a sério do que eu levo e daí o mal entendido. Serve apenas para "falar Benfica" da forma limitada que sei, e se calhar és leitor novato do mesmo, pelo que já apanhas coisinhas melhores do que no inicio (não sei se é sentimento universal, mas olhar os primeiros textos que se escrevem num blog, passados 4 anos é de ir às lágrimas). Não tenho o dom da escrita e só há pouco tempo tive o dom da vontade da escrita. A pergunta que te coloquei tem como razão de ser, o facto de que a História é algo que levo realmente a sério. Não tendo formação na área, limito-me a fazer umas rudimentares pesquisas que posteriormente tento utilizar nos textos. Dizeres-me que a historia neste texto está adulterada levou-me a perguntar-te o que seria. Se me tivesses explicado, eu teria corrigido, como já fiz inúmeras vezes, quer em termos de factos, quer em termos de erros gramaticais. Este blog tem um sem número de problemas e erros, mas devem-se contar pelos dedos de uma mão as vezes que faltei ao respeito a um leitor que me tenha criticado (excluindo claro, aquelas idiotices baseadas no vernáculo). Apoiaste-te na tua erudição para me julgares erroneamente. Acontece. De qualquer forma, a pergunta mantém-se.
Abraço.
Caro Constantino,
A pergunta mantém-se...
Acontece.
Abraço.
Uhhhh mauzão ahahaha
Abraço pah
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