Existe na muito rica língua portuguesa uma série de palavras cujo significado sempre tomamos por garantido como sendo único, por muito que possa haver outros. Lembro-me de numa aula de IDES no 12º ano ter havido uma discussão entre o professor e uma colega minha porque ele dizia que a evolução do PIB português tinha sido negativa, num determinado ano, ao que ela contrapunha que se era evolução não podia ser negativa. Evolução era sempre positiva. Como besta que era e que ainda hoje deve ser, obviamente estava errada, a palavra evolução era como o Witsel... podia ser utilizada de diversas formas.
Outros casos de reconhecida diversidade interpretacional são os nomes dos nossos rivais, sendo que para a esmagadora maioria dos seus adeptos são tidos como significando clubes desportivos, enquanto que para a totalidade dos adeptos desportivos reconhece-lhes o significado de tropelias de índole desportivó-judicial a uns e de tropelias de índole desportivó-cómico a outros. Cabe a cada um dos leitores adivinhar a quem servem as carapuças, garantindo já eu que não estou a falar nem do felgueiras (no primeiro caso) nem do leiria (no segundo caso).
É por reconhecer a existência deste género de palavras....ehr... "bi-focais", digamos assim... que sou compelido a concordar com o boneco animado quando ele diz que os Benfiquistas também o admiram. Por incrivel que pareça, eu próprio admiro-o muito... admiro especialmente a forma como aquele corpinho todo cheio de tunning à base de esteróides e anabolizantes nunca foi apanhado num controlo anti-doping. Mas isto, lá está, admiro-me eu e admira-se muita gente.
3 comentários:
Tino, pá!, gosto de si. A sério, gosto do que escreve, tem piada, muita piada. E por isso, não esperava que um dia viesse a juntar o com à certeza. Elas só fazem sentido separadas, com toda a certeza. Com toda a certeza.
Anonimo,
Tento sempre escrever com o mínimo de erros ortográficos, gramaticais etc. Mas muitas vezes dou alguns erros a modos que de propósito, não só ortográficos como, na maior parte das vezes de acentuação. Apenas por razões fonéticas ou mesmo de grafia. Sei que todos temos a responsabilidade de escrever sem erros, mas eu faço a minha quota parte de preservação da escrita portuguesa não abreviando nada nas mensagens telefónicas e utilizando pontuação. Sei perfeitamente que concerteza não existe, mas graficamente dá um ar mais "gajo da tasca" à coisa. É a mesma coisa que o "muita" bem. A diferença é que quando dou estes erros nos textos coloco aspas para a malta perceber que não sou tão analfabeto como pareço. Nos titulos é que raramente coloco aspas. Atenção que isto não é desculpa esfarrapada, apenas é a explicação.
De qualquer forma, obrigado pela correcção, fica sempre atento e corrige quando vires que há razão para isso.
Abraço.
Caro Constantino,
o último parágrafo do seu texto só demonstra que você não assiste às novelas da tarde! É verdade. Se tivesse uma mulher como a minha (sim, quer dizer... hum, hum... eu não vejo, hum... só que às vezes passo pela televisão e está a dar, claro...) sabia perfeitamente que aquela musculatura toda só pode ser resultado da máquina que o Futre publicita nos intervalos, o vibra não sei quê! É só meia-hora por dia e deixa os esteróides a anos luz! Provavelmente o dito boneco exercita-se enquanto os mecânicos da equipa apertam as porcas dos pés de um gajo loiro, alto e escanzelado, cujo nome não me lembra agora mas rima com manco.
Cumprimentos!
Enviar um comentário